As tecnologias antigas de vídeo, que já foram descontinuadas pelos fabricantes, estão se tornando cada vez mais difíceis de se encontrar, assim como de manter os equipamentos em funcionamento. Acervos gravados em formatos multimídia antigos, principalmente em fitas de vídeo e vídeo-tape, estão se tornando vulneráveis, sujeitos a degradação irreversível. Por isso, é crucial fazer a migração do patrimônio audiovisual para formatos digitais.
A era de ouro dos formatos baseados em fita magnética para gravação, edição e armazenamento de conteúdo audiovisual, entrou em extinção em meados dos anos 2000. Com o desenvolvimento das tecnologias digitais, tais como VOD (vídeo-on-demand), Streaming e Cloud (armazenamento na nuvem), foi dado o golpe de misericórdia na anciã fita de vídeo. Não apenas os meios de distribuição ao consumidor evoluíram, mas também os formatos de captação, produção e edição se transformaram. Fitas de vídeo foram substituídas por cartões de memória e dispositivos SSD. Ilhas-de-edição com gravadores de vídeo-tape passaram a ser computadores gamer e plataformas de edição on-line na nuvem.
Contudo, há um legado gigantesco de acervos empresariais, institucionais, corporativos e familiares que ainda está armazenado em fitas de vídeo, seja nos formatos domésticos: VHS, Mini-DV, K7 de áudio, fitas Betamax e 8mm, ou nos formatos profissionais: Betacam, U-Matic, 1 Polegada, DV-Cam, HD-Cam.
Com o passar dos anos, as fitas magnéticas tendem a se deteriorar exponencialmente, sujeitas à contaminação por fungos, e ao decaimento da polarização magnética, característica física que armazena as informações nas fitas. Dependendo das condições de armazenamento e da idade do material, a recuperação pode ser irreversível. Além disso, peças cruciais para viabilizar a reprodução das fitas, já são raras de se encontrar, tais como as cabeças de leitura, correias, motores e demais componentes eletrônicos vitais ao funcionamento dos aparelhos. Dependendo do formato de fita, tal como 1 Polegada e U-Matic, praticamente não existem mais exemplares em funcionamento no planeta. Estamos falando de tecnologias de mais de 50 anos de idade, que no mundo eletrônico, é considerado um tempo extraordinário de sobrevida.
Quanto antes for feita a digitalização e migração digital dos acervos, maiores as chances de recuperação e preservação do conteúdo. Saiba mais sobre nossos serviços de digitalização de acervos e migração digital.